
Vamos falar sobre ESG na Construção Civil?
Grandes companhias constroem reputação por meio de boas práticas e de uma agenda ESG crucial para a sobrevivência do negócio. Um estudo realizado pela Ágora revelou que os benefícios de uma agenda ESG vão de vantagens competitivas, melhora de reputação, maior lucratividade, até o incremento do valuation (valor de mercado) do negócio ao longo do tempo.
As discussões sobre ESG (Environmental, Social, Governance) estão bastante aquecidas sobretudo no último ano e pós encontro do COP26. Alinhar os aspectos ambientais, sociais, contemplando direitos e diversidade, e a governança nos negócios é ponto crucial no comprometimento com o crescimento, ética e sustentabilidade das relações e do próprio planeta.
Vejamos dois exemplos de Boas Práticas em ESG na Construção Civil e seus fornecedores.
Redução na Emissão de Carbono
A Even é exemplo de boas práticas em ESG na construção civil. A empresa foi pioneira no setor em neutralização de carbono nas suas obras desde 2015. A iniciativa engloba as emissões de toda a cadeia de fornecedores das obras, incluindo a produção e o transporte dos materiais utilizados.
“A Even tem ESG como pilar, isso está em nosso DNA e permeia todos os processos da companhia, os custos com a neutralização já são considerados na concepção dos projetos. Fazemos inventário de carbono das nossas obras desde 2008, fomos pioneiros e reconhecidos por nossas iniciativas ESG na construção civil. Todos os indicadores são extraídos dos índices de consumo de materiais já pré-tabelados”, afirma Marcelo Morais, Diretor de Operações da Even.
Em 2021 a construtora neutralizou 100% dos empreendimentos entregues, totalizando mais de 17 mil toneladas de carbono, equivalente ao sequestro de carbono de mais de 100 mil árvores. “Em 2022, nossa projeção é triplicar este número com cerca de 53 mil toneladas de Carbono neutralizado com a entrega de 09 empreendimentos”, explica Morais.
A Even utiliza a metodologia do GHG Protocol, ABNT NBR ISO 14.064-1 e o Guia Metodológico do Sinduscon. O método de cálculo considera o Consumo de Materiais, Fatores de Conversão e Fatores de Emissão para avaliar o desempenho dos fabricantes e os índices de cada grupo que compõem o orçamento.
Inovação!
“Queremos transformar o jeito de morar, trabalhar e conviver das pessoas, e fazer a nossa parte no combate ao aquecimento global e mudanças climáticas, passa por isso. Através de projetos certificados, além da redução de carbono, incentivamos também a geração de emprego e renda”, explica o diretor.
A empresa reaproveita 98% dos resíduos gerados nas obras com o envio para Áreas de Transbordo e Triagem e Usinas de Reciclagem. Além disso, criou uma área interna de inovação que tem como principal objetivo a busca por novos materiais que possam impactar menos o ambiente e trazer eficiência técnica.
Substituiu o uso de madeira para proteção coletiva por ativos ou equipamentos metálicos que favorecem a reutilização sem geração de novas emissões e resíduos. Adotou materiais reutilizáveis, como formas de fibra de vidro para estruturas de concreto.
Visando reduzir o consumo de concreto, adotou o uso de cubetas plásticas reaproveitáveis para lajes nervuradas. Utiliza tintas com baixo VOC e madeira reflorestada, com certificação FSC. E busca aprimorar processos e trabalhar com materiais de alta qualidade alinhados ao pilar ESG na Construção Civil.
Diversidade e Comprometimento
Maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo, para segmentos da construção civil, a Gerdau destaca em seu relatório anual alguns dos avanços na agenda ESG.
Em diversidade, a companhia trabalha para ser uma empresa inclusiva e diversa, com importantes avanços, como o aumento no número de mulheres ocupando posições de liderança na companhia.
“Além disso, aderimos ao B Movement Builders, uma comunidade global de líderes que vêm trabalhando para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo, para as pessoas e o planeta”, afirma Gustavo Werneck, Diretor-Presidente (CEO) da Gerdau.
O Conselho de Administração aprovou, já em 2020, seu próprio regimento interno e os regimentos dos seus comitês de apoio, além da política corporativa de sustentabilidade da companhia, sua matriz de materialidade e o scorecard ESG – indicadores referentes a questões ambientais, sociais e de governança, como consumo de água e percentual de negros em posição de liderança, por exemplo.
Governança!
Além disso, outros temas são destaques em governança da Gerdau: as iniciativas de gestão do clima foram classificadas pelo Carbon Disclosure Project (CDP), no módulo de Mudanças Climáticas, como B-, pontuação acima da média da América do Sul e de seu setor.
Foram aprovadas também as políticas de sustentabilidade, de direitos humanos, anticorrupção e tributária, além da revisão da política de compliance e do Código de Ética e Conduta para terceiros.
Além disso, a proposta de incluir metas de desempenho em indicadores ESG (ambientais, sociais e de governança) no seu Plano de Incentivo de Longo Prazo (ILP) para a liderança sênior da companhia.
Com vigência desde 2021, a norma estipula que cerca de 20% do valor dos bônus de longo prazo, incorporados à remuneração variável dos executivos, estão condicionados ao cumprimento das metas ESG.
A mensuração desse percentual de metas ESG é calculada a partir de dois novos indicadores: porcentagem de mulheres em cargos de liderança e emissões de CO2. Além disso, 40% de economic value added (EVA). Os outros 40% são ações restritas e não condicionadas ao resultado.
As boas práticas em ESG provam que é possível construir um planeta sustentável sem abrir mão dos ganhos financeiros. Até porque não haverá planeta para trilhar por outro caminho que ignore as práticas ESG.
Simulador ESG
Quer entender qual o grau de adequação de sua empresa aos indicadores ESG? Acesse o link, responda o questionário e obterá uma pontuação nos quesitos Ambiental, Social e Governança. http://www.excellence-esg.com/Home/SimuladorESG




