
Hiperautomação e RPA 2.0: como a transformação digital aumenta a competitividade das empresas.
O desafio de combinar diversas tecnologias para atingir novos patamares de eficácia no processo de digitalização criou um novo conceito: a hiperautomação. Em seu relatório de tendências para 2021, a consultoria global Gartner apontou a hiperautomação como uma das dez tecnologias estratégicas em alta. Segundo a consultoria, este ano será fortemente impactado pela crise global gerada pela pandemia de COVID-19, e as tecnologias que se destacarão serão as que ajudam as organizações a se adaptar às mudanças. Para o Gartner, a hiperautomação é inevitável e irreversível.
Veja todas as tendências apontadas pelo Gartner para 2021: https://www.gartner.com/smarterwithgartner/gartner-top-strategic-technology-trends-for-2021/
Várias tecnologias juntas
A hiperautomação é parte importante de um processo de transformação digital em curso há algum tempo e está no radar de muitos executivos, que a veem como oportunidade para reinvenção de seus modelos operacionais e otimização de resultados. Ela permite, por meio da combinação de ferramentas como Inteligência Artificial (IA), Robotic Process Automation (RPA), iBPMS, Process Mining e Machine Learning, a automação de praticamente qualquer tarefa repetitiva e de processos complexos. É uma automação que vai além do RPA, combinando várias tecnologias e ferramentas para tornar o processo o mais automatizado possível, incluindo as decisões e minimizando a interferência humana.
Saiba mais sobre as tecnologias disponíveis:
https://site.qualityway.com.br/transformacao-digital-tecnologias-disponiveis/
RPA x RPA 2.0 X Hiperautomação
Geralmente, os processos de automatização começam com o RPA, implantado antes de outras ferramentas para acelerar a execução de tarefas repetitivas, navegar em sistemas web, integrar e extrair dados de sistemas, entre outras funções. Com isso, já se consegue reduzir as tarefas humanas em cerca de 40%, em média.
Contudo, segundo o relatório “Move Beyond RPA to Deliver Hyperautomation”, do Gartner, o RPA pode fornecer um alívio rápido, mas nem sempre os processos são ou permanecem simples e repetitivos. Para implantar uma automação de ponta a ponta, em toda a empresa, é necessário integrar outras ferramentas, inclusive para poder escalar.
É aí que começa a entrar em cena o conceito de RPA 2.0, que incorpora ferramentas e tecnologias mais complexas e substitui o homem que toma decisões pelo aprendizado de máquina, deixando um robô para tomar a decisão final e os humanos para checar, quando e se necessário.
O RPA 2.0 está no centro do processo de hiperautomação, pois adota máquinas com capacidade para analisar, desenvolver, medir, monitorar e reavaliar diversas atividades, reunindo uma gama de mecanismos de automação interligados e trabalhando juntos.
Saiba mais sobre RPA:
https://qualityway.com.br/automatize-tarefas-repetitivas-com-rpa/
Os benefícios da Hiperautomação
Entre os principais benefícios está o aumento na velocidade dos processos, que vai refletir na produtividade e consequente redução de custos.
Além disso, as máquinas não se cansam, mantêm o desempenho sem interrupções, realizando um número maior de atribuições ao mesmo tempo. Isso faz toda a diferença em setores como logística e e-commerce, por exemplo, proporcionando um sistema totalmente automatizado de compra, pagamento e entrega de produtos sem nenhuma interação humana, rápido e com uma excelente experiência para o consumidor.
Setores que lidam com big data também podem se beneficiar muito, já que máquinas inteligentes, capazes de aprender e se adaptar ao comportamento dos usuários e tomar decisões, são usadas para detecção de fraudes, elaboração de perfil de clientes e direcionamento de ofertas.
"No contexto atual, a hiperautomação é uma questão central para o aumento da competitividade das empresas". Marco A. de Campos, Diretor de Processos e Tecnologia da Quality Way, lista cinco aspectos que explicam como isso acontece:
Experiência do cliente: é possível torná-la mais empolgante, oferecendo serviços customizados, direcionados e ágeis por meio de algoritmos de IA e automatização de análise de documentos e crédito, por exemplo.
Eficiência: a hiperautomação permite fazer muito mais com menos recursos. A intenção não é demitir pessoas, e sim usá-las para melhorar processos, encantar clientes e trabalhar nas atividades que não podem ser automatizadas.
Redução de falhas: processos propensos a falhas podem resultar em grandes perdas, são foco de automação. A hiperautomação pode reduzir falhas para próximo de zero, além de utilizar IA para ampliar a detecção e prevenção de fraudes.
Uso dos dados: uma empresa com processos automatizados terá dados de qualidade e em tempo real, poderá monitorá-los de forma mais ágil e identificar anomalias rapidamente. Isso possibilita tomada de decisões mais rápidas e acertadas, além de identificar tendências de comportamento e recomendações produzidas por algoritmos de IA, utilizando os dados coletados ao longo da operação.
Escalabilidade: processos automatizados podem ser escalados com uma velocidade que seria impensável para processos manuais.
Como implantar
A hiperautomação é um dos pilares para a transformação digital e pode ser aplicada a qualquer segmento que tem processos e toma decisões. Mas, para que seja efetiva, deve ser planejada e implantada como uma iniciativa corporativa e não apenas de algumas áreas.
Como qualquer outro investimento na infraestrutura de TI, fazer um roadmap é o primeiro passo para definir onde serão implantadas as mudanças e automações. É sempre bom lembrar que as equipes envolvidas nas mudanças devem estar treinadas, conscientizadas e engajadas.
Marco explica: “cada empresa precisa criar seu próprio roadmap em função de suas necessidades, mas deve-se começar pela identificação dos principais processos que operam o negócio e que geram muita mão de obra manual, propensos a erros, pouco eficientes e demorados, e também aqueles que agregariam valor ao cliente se executados de forma mais eficiente”.
Os principais erros que as empresas cometem nessa jornada, segundo Marco, são:
Foco na ferramenta: algumas empresas adquirem uma ferramenta e procuram locais para aplicá-la. O correto é identificar os problemas, projetos e ideias e buscar as melhores ferramentas para colocar em prática.
Falta de especialistas: comprar uma ferramenta e tentar resolver com pessoal interno, sem a qualificação adequada, não dá certo. É preciso buscar profissionais para encontrar as melhores alternativas para cada questão.
Foco somente na tecnologia: hiperautomação envolve pessoas, processos e tecnologia. A mudança implica alterar o planejamento da fábrica, o fluxo de trabalho, readequar estoques, requalificar as pessoas e prepará-las para a mudança.
O professor Angelo Zanini, coordenador do curso de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia, acrescenta que outro erro comum é não pensar a hiperautomação como um processo único e integrado. “Isso leva à implantação de sistemas isolados, que depois não poderão trabalhar em conjunto e orquestrados por uma inteligência digital central.”
Automatizar vale a pena!
As ferramentas não são baratas e o investimento não é pequeno, mas os benefícios compensam. “Nos projetos que estamos trabalhando, o retorno chega em torno de 9 meses a um ano e meio, só com a melhoria de eficiência”, explica Marco. Ele acrescenta ainda que quanto mais tempo a empresa levar para ingressar nessa jornada, mais aumentará sua defasagem tecnológica e talvez chegue a um ponto irreversível. “Recomendo que a empresa comece aos poucos, gere aprendizado ao longo do processo e acelere quando sentir confiança. A Quality Way pode ajudar muito na implantação, definição dos sprints, integração de ferramentas, gestão de mudança, treinamento de pessoal, roll out e escalação do programa.”
Para o professor Zanini, o empresário deve analisar o quanto essa implantação pode diminuir custos e aumentar as vendas. “Essa relação costuma ser muito favorável. E quem não promover essa transformação no médio prazo perderá valor e mercado.”
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